segunda-feira, 20 de junho de 2011

O novo governo

Vamos lá então.

Finanças – Vítor Gaspar

Académico brilhante, currículo europeu, liberal convicto, totalmente desconhecido do meio jornalístico: sim, estou a aplaudir de pé.

Economia e Emprego – Álvaro Santos Pereira

É impressão minha ou Álvaro Santos Pereira expressa-se mal em português? Dizem que tem um currículo que «fala por si», mas nunca consegui respeitar o blogue dele como parece que devia. E tenho um livro dele cá em casa que comprei na feira do livro de Tavira do qual apenas consegui ler uma página.

Negócios Estrangeiros – Paulo Portas

Por definição, o MNE é sempre o mais popular dos ministros. Nada a dizer.

Justiça – Paula Teixeira da Cruz

Na minha humilde e desinformada opinião, uma péssima escolha. Mas reconheço que se trata de uma embirração provavelmente não fundada. Ou não.

Administração Interna – Miguel Macedo

O Miguel Macedo não é uma boa escolha, mas também não é má. É tipo um Fernando Negrão com uma voz de rádio.

Assuntos Parlamentares, Autarquias e Desporto – Miguel Relvas

Miguel Relvas tinha de ficar com um ministério. Calhou este.

Educação e Ensino Superior – Nuno Crato

O único nome que coincide com o meu esquisso do onze ideal. Ainda bem que o professor Nuno Crato aceitou. É também o mais velho, dado que consegue a proeza de acrescentar autoridade ao seu nome.

Segurança Social – Pedro Mota Soares

Este gajo está bem lixado, está.

Agricultura, Ambiente e Território – Assunção Cristas

Mãe de não sei quantos, doutorada em não sei quê, pouco mais velha que o André Villas-Boas: ela diz que não percebe nada da área que agora assume mas que a vai estudar com afinco e que os resultados aparecerão. E nós acreditamos.

Saúde – Paulo Macedo

Paulo Macedo foi contratado para os impostos a ganhar cinco vezes o salário de ministro. Saiu em ombros, com duas orelhas e um rabo. Foi administrador da Médis, que serve como «currículo», mas ninguém perguntou nada. Palmas outra vez.

Defesa – Aguiar-Branco

Aguiar-Branco tem aquela qualidade de parecer adequado a qualquer cargo. Teve 3% dos votos nas directas no PSD, mas incrivelmente a sua carreira política ganhou um certo fôlego com isso. Tem a vantagem de ninguém estar interessado na «Defesa».

O Ministério da Cultura foi extinto (uma decisão sobre a qual me faltam estudos para ter opinião) e a secretaria de estado entregue a Francisco José Viegas, que é assim uma espécie de anti-Gabriela Canavilhas (sempre no bom sentido).

Temos governo, vamos a eles, isto é para ganhar.